É o Brasil de "Vale Tudo" que a gente quer?
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- 6 de mai.
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Se você ligou a TV nos últimos tempos, é provável que tenha se deparado com o remake de Vale Tudo, a novela das nove da Globo que estreou em março de 2025. A trama, originalmente exibida em 1988, retorna com uma roupagem moderna, mas mantendo o cerne de sua crítica social: a eterna pergunta "vale a pena ser honesto no Brasil?".
Na nova versão, Taís Araújo dá vida a Raquel Accioli, uma mulher íntegra que enfrenta as adversidades da vida com dignidade. Em contraste, sua filha Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos, não mede esforços para ascender socialmente, mesmo que isso signifique trair os próprios valores. A vilã icônica Odete Roitman, agora interpretada por Débora Bloch, continua a personificar a elite arrogante e preconceituosa que despreza o país em que vive.

Assistir a Vale Tudo em 2025 é como olhar para um espelho que reflete, com nuances atualizadas, os dilemas éticos e sociais que ainda permeiam nossa sociedade. A novela questiona se a honestidade é recompensada ou se a esperteza e a corrupção continuam sendo os atalhos para o sucesso.
A trama também aborda temas contemporâneos, como a diversidade e a representatividade. O casal homoafetivo Cecília e Laís, por exemplo, agora é retratado com mais profundidade e naturalidade, refletindo avanços sociais desde a exibição original.
No entanto, a pergunta persiste: é esse o Brasil que queremos? Um país onde a ética é frequentemente colocada em segundo plano, e onde personagens como Maria de Fátima e Odete Roitman ainda encontram espaço para prosperar?
A resposta não está apenas na ficção, mas nas escolhas que fazemos diariamente. Vale Tudo nos convida a refletir sobre nossos valores e sobre o tipo de sociedade que desejamos construir. Afinal, como diria a própria novela, "vale a pena ser honesto no Brasil?" A decisão é nossa.




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