Você é o seu trabalho?

Se alguém perguntasse quem é você? Qual seria sua resposta? Se a primeira coisa que vem à mente é sua profissão, temos um assunto pra conversar.

A gente cresce ouvindo que precisa ter uma carreira de sucesso, ser alguém na vida (como se já não fôssemos), ganhar dinheiro, construir patrimônio. E aí, no meio desse corre, acabamos nos definindo pelo que fazemos e não por quem somos. Se o trabalho vai bem, estamos felizes. Se algo dá errado, nos sentimos fracassados. Mas pera lá… será que faz sentido depositar a nossa identidade inteira no crachá?

Claro que é maravilhoso ter um trampo que dá orgulho, que paga os boletos e até alimenta a alma. Mas quando nos reduzimos a isso, qualquer instabilidade vira crise existencial. O que acontece se você for demitido? Se mudar de área? Se decidir que quer algo completamente diferente? Se o seu trabalho não for mais o que te define… quem sobra?

Talvez a grande sacada seja lembrar que o trabalho faz parte da nossa vida, mas não é a nossa vida. Você é suas paixões, suas histórias, seus afetos, suas vivências fora do expediente. Você é os filmes que ama, os rolês que te fazem bem, as músicas que canta no chuveiro, os amigos que escolhe, as coisas que aprende só por curiosidade. Você é muito mais do que aquilo que coloca no LinkedIn.

Então, da próxima vez que alguém perguntar quem é você?, que tal responder sem citar a profissão? Pode parecer difícil no começo, mas eu juro: existe um mundo inteiro de possibilidades além do seu trabalho. E ele é todo seu.