Você é a filha que tem síndrome de “Pereirão”?
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- 6 de mai.
- 2 min de leitura
Sabe aquela mulher que resolve tudo? Que carrega o mundo nas costas, desentorta o varal, troca resistência de chuveiro, compra o presente da avó e ainda pergunta se tá todo mundo bem? Pois é… talvez você seja essa filha. A filha-Pereirão.
Sim, referência direta à icônica personagem da Lilia Cabral, aquela que bota a mão na massa, tem resposta na ponta da língua e sempre dá um jeito, mesmo quando tá esgotada por dentro. Tem muita filha por aí que virou "Pereirão" da família, não porque quis, mas porque alguém tinha que ser.

A síndrome de "Pereirão" não é só sobre saber fazer mil coisas. É sobre carregar a função de pilar invisível. É ser a filha que a mãe liga quando dá ruim, que o pai escuta mais do que qualquer um, que o irmão depende pra resolver pepino. E que, muitas vezes, não tem a quem recorrer quando é ela que desmorona.
É bonito ser forte, sim. Mas ser forte o tempo todo, sem pausa, sem colo, sem direito de falhar… isso cansa. Cansa a mente, o corpo, o coração. E o pior: muita gente nem percebe que você tá ali, se desmontando em silêncio, só pra manter a estrutura de pé.
E sabe o que é mais doido? Às vezes a gente aprende desde cedo que ser amada é ser útil. Que, se a gente for boazinha, prestativa, eficiente, vamos garantir um lugarzinho no afeto da família. Mas amor de verdade não devia vir com tarefas inclusas.
Esse texto não é um convite pra você abandonar quem ama. É só um toque: você também merece descanso. Você também merece colo. Você também pode não saber, não querer, não dar conta. E tá tudo bem.
Desliga um pouco o modo "resolve tudo". Deixa alguém segurar tua mão. Você também é filha. Você também merece ser cuidada.
E aí? Vai continuar sendo a Pereirão ou já pensou em ser só você, sem ferramenta na mão e coração em alerta?




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