Você tem tempo pra perder?
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- 20 de mai.
- 2 min de leitura
Por um segundo, esquece o corre. Fecha os olhos aí (só depois de ler essa frase, senão vai bater o olho na parede). Agora pensa: você tem tempo pra perder?
Talvez sua primeira resposta tenha sido um sonoro “claro que não!”. Afinal, o mundo gira frenético, o relógio corre maratonas e a agenda tá sempre parecendo um Tetris de compromissos. Mas será mesmo que a gente não tem tempo… ou será que a gente só esqueceu como é perder tempo de um jeito bonito?

Perder tempo tem fama ruim. É tratado como vacilo, preguiça, descuido. Mas, se for pra ser sincero, tem coisa melhor do que deitar no sofá e assistir um filme que você já viu 12 vezes? Ou ficar olhando pro teto, viajando nos próprios pensamentos, sem rumo nem hora pra voltar? E aquela conversa boa que começa com “só cinco minutinhos” e vira madrugada? Isso não é perder tempo. É investir ele em ser humano.
A real é que a gente tá tão condicionado a preencher cada segundo com produtividade, meta, entrega, sucesso… que esquece de respirar. De existir sem função. De viver por viver.
Tem horas que o tempo mais bem gasto é o que você gasta sem querer. Quando você faz algo só porque te deu vontade, sem propósito nobre ou retorno calculado. Quando você joga conversa fora, toma um café devagar ou anda na rua sem destino. É nesse “nada” que muita coisa acontece. É nesse intervalo que a gente se reconecta com a gente.
Então, da próxima vez que alguém te perguntar “tá fazendo o quê?”, responde com orgulho: “tô perdendo um tempo por aqui”. E que sorte a sua por poder fazer isso.
Porque no fim das contas, o tempo não se perde quando a gente tá inteiro nele. Mesmo que seja só pra ver o pôr do sol, ouvir música boba ou ficar abraçadinho com alguém que faz o tempo parar.
Vai por mim: às vezes, perder tempo é o melhor uso que a gente pode fazer dele.




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