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Qual foi a última vez que você viu uma criança com gesso?

  • Foto do escritor: Home e  Marketing
    Home e Marketing
  • 1 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Sério, pensa aí. Quando foi a última vez que você viu uma criança com gesso? Aquele clássico braço pendurado no pescoço, cheio de rabiscos e assinaturas de amigos? Parece que faz um século, né? E não é porque as crianças pararam de cair. É porque, bom... elas pararam de brincar.


Lembra da época em que a gente pulava muro, escalava árvore e transformava qualquer esquina num campo de futebol? Onde cada tombo era um troféu, e o gesso era quase uma medalha de coragem? Hoje, a realidade é outra. O playground foi substituído pelo feed, e os esconde-esconde viraram sessões intermináveis de jogos online. Não me leve a mal: a tecnologia é incrível. Mas ela também roubou um pouco da essência de ser criança.


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Pensa só: ser criança sempre foi sobre explorar, se sujar, experimentar e, às vezes, se machucar. Porque é assim que a gente aprende. Mas agora, no lugar de risadas altas e joelhos ralados, temos crianças sentadas no sofá, presas às telas, assistindo a outras crianças... brincando. Como se a vida delas fosse um reality show que elas preferem assistir do que viver.


O problema? A infância está ficando clean demais. As crianças não tropeçam mais, porque nem andam em terrenos instáveis. Não rolam na grama, porque a grama agora é virtual. E com isso, perdem uma parte importante do que é crescer: o aprendizado pelo erro, o frio na barriga da aventura, o sabor de um dia gasto sob o sol.


E não dá pra jogar toda a culpa nelas, né? Nós, adultos, também temos nossa parcela de responsabilidade. Ficamos com tanto medo de que elas se machuquem que as protegemos de tudo, até do aprendizado. Trocamos brincadeiras no quintal por tablets, porque é mais seguro e, sejamos honestos, mais conveniente.


Então, o desafio que fica é: como resgatar a essência de ser criança? Como criar um espaço onde o tombo seja permitido e o gesso volte a ser um símbolo de histórias pra contar? Talvez seja hora de deixar as crianças serem... crianças de novo. Sem tanta superproteção, sem tanto medo, e com muito mais liberdade para explorar o mundo ao redor.


Porque, no fim, um braço engessado e cheio de desenhos é muito mais do que um acidente. É a prova de uma infância bem vivida.

 
 
 

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