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Profissional de marketing em terra de achismos e "todo mundo entende".

  • Foto do escritor: Home e  Marketing
    Home e Marketing
  • 26 de mai.
  • 2 min de leitura

Você já tentou explicar seu trabalho pra sua avó, pro seu tio ou até mesmo para aquele amigo que acha que marketing é só “fazer post bonitinho”? Pois é… ser profissional de marketing em pleno 2025 é, no mínimo, um exercício de paciência zen. Em terra de achismos e em tempos de “todo mundo entende de tudo”, a gente precisa respirar fundo antes de cada reunião pra não sair distribuindo PPT na cabeça dos outros.


É curioso (e um pouco irritante) como marketing virou aquele parente popular da família: todo mundo conhece, todo mundo tem uma opinião, mas quase ninguém sabe o que ele realmente faz. A diferença é que, nesse caso, quem “conhece” quer dar pitaco. “Faz um viral aí!”, “Bota um cupom que resolve!”, “Posta no Instagram e pronto!”. E a gente, com CRM, jornada de compra, SEO, testes A/B e funil na cabeça, só sorrindo amarelo.


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A verdade é que o marketing virou terra de ninguém e, ao mesmo tempo, terra de todo mundo. Porque com rede social na palma da mão e Canva gratuito, surgiu uma geração de especialistas de palco. E não me entenda mal: democratizar o acesso às ferramentas é incrível. Mas entre usar o Canva pra fazer um flyer da feirinha e planejar uma campanha que converta de verdade tem um mundo de diferença. É tipo saber fritar um ovo e querer chefiar um restaurante cinco estrelas.


A sensação é que a gente está sempre tendo que justificar o óbvio: que por trás de uma simples arte tem estratégia, branding, segmentação, análise de dados, testes e ajustes. Que a gente estuda comportamento humano, tendências, timing. Que sim, às vezes a gente posta uma figurinha no Instagram, mas não é só isso. E não, não é “só clicar em impulsionar”.


Em tempos de overinformação, o achismo virou argumento. E quando todo mundo acha que entende, o espaço pra ouvir quem realmente estudou, testou, errou e acertou vai diminuindo. É como se o especialista tivesse que convencer o achista de que sabe do que tá falando. E spoiler: às vezes a gente nem tenta mais.


Mas ainda assim, seguimos. Porque marketing é sobre conexão. É sobre fazer sentido. É sobre ouvir o mercado e traduzir o que ele quer, antes mesmo dele saber que quer. E quem faz isso com verdade e técnica, segue tendo seu valor, mesmo que precise reafirmá-lo todos os dias, entre um briefing confuso e uma sugestão de “faz igual aquele da concorrência”.


Então, pra você que trabalha com marketing e já perdeu a conta de quantas vezes ouviu um “meu sobrinho faz isso também”: força. Seu trabalho importa. Continue estudando, testando, criando. E lembra: mesmo em terra de achismos, quem planta estratégia ainda colhe resultado.

 
 
 

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