Cuidado com o tribunal do conteúdo!

A internet virou um grande tribunal, e o feed é o tribunal do júri. Postou? Está sujeito ao julgamento. E o mais curioso é que, muitas vezes, não importa o que você disse, mas sim como aquilo foi interpretado e interpretação, meu amigo, é um bicho solto, criado pela vivência e pelo humor de quem lê.

Num dia, você pode ser ovacionado como o gênio da web, a voz que faltava, o sopro de lucidez no caos digital. No outro, pode ser crucificado por uma vírgula fora do lugar, uma escolha de palavras mal calculada ou simplesmente porque o algoritmo decidiu que hoje não é seu dia de sorte.

E olha que não estou falando só de influenciadores ou figuras públicas. Qualquer pessoa com um perfil ativo pode ser alvo do tribunal do conteúdo. Já reparou como até um comentário despretensioso pode virar um debate épico nos comentários? Alguém sempre tem algo a acrescentar, a discordar, a cancelar. E, na era dos cortes, dos prints e dos recortes, qualquer frase solta pode virar o argumento principal contra você.

Isso significa que precisamos ter medo de postar? Não, mas é bom lembrar que a internet tem memória seletiva e que, dependendo do contexto, o que você disse há cinco anos pode ser usado contra você hoje. Então, a régua do bom senso continua sendo a melhor estratégia. Mas, mesmo sendo impecável, nunca estaremos 100% a salvo. Sempre haverá alguém disposto a torcer o que foi dito, a se ofender com o que nem foi escrito pra ele ou a levantar a plaquinha do tribunal do cancelamento.

No fim das contas, a regra é simples: fale o que quiser, mas esteja pronto para a reação. E lembre-se: na internet, nem sempre é sobre você. Às vezes, é só o algoritmo brincando com seu destino.