top of page
Buscar

Crise dos 30? Por que os millennials estão vivendo a meia-idade antes da hora.

  • Foto do escritor: Home e  Marketing
    Home e Marketing
  • 15 de jul.
  • 3 min de leitura

Sabe aquela piada que diz “tenho 30 anos, mas me sinto com 80”? Pois é… ela deixou de ser piada. Muita gente da geração millennial (quem nasceu entre os anos 1981 e 1996) está, sim, vivendo uma espécie de “meia-idade” bem antes do tempo oficial que, pra ser sincero, nem sabemos mais qual é. Se aos 30 a gente já tá com dor nas costas, saudade dos anos 2000, burnout no currículo e crise existencial no bolso, será que a crise dos 30 virou a nova crise dos 50?


Spoiler: talvez sim. E a culpa nem sempre é sua.


ree

A geração que cresceu com esperança (e colheu boleto).


Os millennials foram criados ouvindo que o futuro era promissor, que “quem estudasse teria sucesso” e que dava pra ser o que quisesse. Acontece que o futuro chegou e, junto com ele, veio um combo de boletos, salários desvalorizados, aluguel nas alturas, crise climática e uma sensação constante de que estamos correndo pra lugar nenhum.

A realidade bateu diferente. E, com ela, chegou a fadiga emocional que antes parecia coisa de adulto mais velho.


Burnout, ansiedade e o peso do "ter que dar certo".


É como se todo mundo da nossa geração estivesse carregando um relógio interno que não para de gritar: “você já deveria estar lá”. Mas… onde é “lá”? Aos 30, muita gente esperava estar com uma carreira consolidada, casa própria, filhos talvez. Em vez disso, estamos tentando entender o que significa “qualidade de vida”, lidando com insegurança financeira e tentando manter a saúde mental minimamente funcional.


A pressão por sucesso, os múltiplos papéis sociais (ser bom profissional, bom filho, bom parceiro, bom tudo) e as redes sociais só pioram tudo. Como não surtar vendo o fulano da sua idade ganhando em dólar e viajando pra Bali enquanto você tá pesquisando cupom de desconto no mercado?


Meia-idade emocional: um cansaço que não tem idade.


Se antes a crise de meia-idade era marcada por comprar um carro esportivo ou mudar radicalmente de vida aos 50, agora ela vem mais cedo, silenciosa, em forma de insônia, desapego com o próprio guarda-roupa, saudade da infância e vontade de sumir por uns dias (mas sem sair do Wi-Fi).


Essa “meia-idade emocional” é marcada por um cansaço existencial precoce. É olhar pra trás e se perguntar “onde foi parar o tempo?”, mesmo tendo só 30 e poucos. É perceber que nossos pais, com essa idade, pareciam muito mais adultos que a gente.


Mas calma, tem esperança (e terapia).


Apesar do peso, também tem beleza nesse caos. Nunca se falou tanto de saúde mental, nunca tivemos tanta coragem de mudar de rota, nunca foi tão aceitável não saber. E talvez esse seja o truque: a meia-idade dos millennials não é o fim, é o convite pra recomeçar.


A gente não precisa seguir o mesmo roteiro de antes. Podemos pausar, respirar, chorar em posição fetal no banho e levantar no dia seguinte buscando sentido, mesmo que seja só no cafezinho da tarde.


No fundo…


A crise dos 30 pode ser só um lembrete: você cresceu. E crescer dói mesmo. Mas também liberta.


Se a meia-idade chegou antes da hora, talvez seja porque a gente já entendeu cedo demais que viver não é checklist de conquistas, e sim um monte de tentativas, pausas e recomeços.


E quer saber? Tá tudo bem não estar bem. Só não esquece de se tratar com carinho no caminho.

 
 
 

Comentários


Queremos saber o que você pensa.

© 2024 por Uai Acontece. Orgulhosamente criado para você.

bottom of page