Cada pessoa é um universo.

A gente se acostuma tanto a olhar pro mundo de forma rasa que esquece: cada pessoa que cruza nosso caminho é um universo inteiro. Feito de memórias, dores, sonhos, medos, euforia. Feito de coisas que nunca vamos entender completamente, porque não dá pra mapear um cosmos que não é o nosso.

Às vezes, a gente julga alguém pela forma como se veste, pelo jeito de falar, pela cara que fez quando demos bom dia. E esquece que essa pessoa pode estar carregando tempestades que nem aparecem no radar. Ou pode estar explodindo de felicidade por algo que a gente nem imagina. A verdade é que cada um vive sua própria história, cheia de capítulos que não lemos, de personagens que não conhecemos, de cicatrizes que não vemos.

O que me fascina é pensar que, mesmo sendo universos independentes, a gente se toca o tempo todo. Colide, soma, ilumina ou, às vezes, até machuca sem querer. Mas cada encontro é um fenômeno cósmico, um eclipse, uma explosão de estrelas, um cometa raro que passa e muda tudo. Tem gente que chega na nossa vida como supernova, brilhante e avassaladora. Tem gente que é constelação fixa, luz constante no nosso céu.

Se a gente olhar com mais carinho, vai perceber que conhecer alguém é como explorar um novo planeta: cheio de paisagens desconhecidas, de atmosferas diferentes, de mistérios que só o tempo revela. E se a gente se permitir ser explorado também, pode ser que descubram em nós continentes inteiros que nem sabíamos que existiam.

Então, da próxima vez que cruzar com alguém, lembra: ali tem um universo inteiro, vasto, profundo, em eterna expansão. E que sorte a nossa quando encontramos galáxias que fazem sentido ao lado das nossas.