Abandonar não é só ir embora!
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- 7 de abr.
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Tem gente que acha que abandono é só quando alguém pega as malas e desaparece. Quando a porta bate, a mensagem não volta, o silêncio se instala. Mas abandonar também pode ser ficar... e não estar.
Quando o corpo tá perto, mas o coração foi embora faz tempo.
Abandono é a ausência disfarçada de presença.
O “tô aqui” sem olhar no olho, sem perguntar como foi o dia, sem querer saber de verdade.
O "boa noite" automático, o beijo sem alma, o abraço que mais parece um aperto qualquer.
Tem abandono em quem não ouve.
Em quem promete e nunca cumpre.
Em quem trata o outro como extensão, obrigação ou plano de fundo.
E às vezes a gente também se abandona, né?
Quando cala o que sente, quando se diminui pra caber, quando deixa de se escolher pra não incomodar. Quando aceita migalha, achando que amor é só não ficar sozinho.
Mas deixa eu te falar uma coisa com todo carinho: ninguém merece o abandono de quem finge estar. Ninguém precisa mendigar presença de quem já foi, mesmo que ainda esteja ali, do lado.
Abandono também é o tempo que não se dedica.
A palavra que não se diz.
O cuidado que não se tem.
Não regar uma relação e esperar que floresça.
Então, se for pra ficar, que seja inteiro.
Que seja com alma, com riso solto, com vontade.
Porque estar por estar também machuca.
E no fundo, é uma das formas mais tristes de ir embora.





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