A tua empatia te inclui?

Empatia é uma coisa bonita de se falar. A gente solta um “se colocar no lugar do outro” como se fosse um conceito pronto, embalado e bonitinho pra postar no feed. Mas e quando a história vira e o outro da situação somos nós? A empatia que distribuímos com tanta facilidade para o mundo também vale pra gente?

Porque, olha, tem uma galera que é craque em acolher o erro alheio, em dizer “tá tudo bem, todo mundo tem seu tempo”, mas quando tropeça na própria caminhada, se crucifica sem dó. Como se os padrões de compreensão que a gente aplica pros outros não servissem quando somos nós no centro do furacão.

E isso pega. Porque crescer, errar, se perdoar e seguir adiante fazem parte do pacote de ser humano. Mas tem quem esqueça disso e fique preso num looping de autocobrança. Como se os outros tivessem direito ao aprendizado, mas a gente não. Como se só a perfeição nos desse permissão para existir em paz.

Então, hoje, sem autoengano, a pergunta é: a tua empatia te inclui? Ela te abraça quando você erra? Ela te lembra que você também é um ser em construção? Porque se a gente se permite ser humano com os outros, mas não com a gente mesmo, talvez a nossa empatia esteja incompleta. E, sinceramente, a primeira pessoa que a gente deveria aprender a acolher somos nós mesmos.