A solidão é a falta de você mesmo.

A gente passa tanto tempo tentando encontrar a nossa turma, o nosso par perfeito, os amigos certos, os rolês que fazem sentido, que esquece do básico: estar com a gente mesmo. E aí, quando bate aquele vazio, quando parece que nada encaixa, quando os dias ficam longos demais e a companhia dos outros não preenche... a gente chama de solidão. Mas e se, na real, isso for apenas a saudade de nós mesmos?

A solidão nem sempre é sobre falta de gente ao redor. É sobre a falta de conexão com quem a gente é de verdade. Não adianta estar rodeado de amigos, engatar um romance atrás do outro ou ter um feed lotado de gente, se a conversa mais importante da vida, aquela com você mesmo, está sempre sendo adiada.

Quando foi a última vez que você se ouviu de verdade? Que respeitou suas vontades sem medo de parecer egoísta? Que fez algo só porque queria, sem precisar de uma companhia ou de uma aprovação externa? Talvez a resposta esteja aí: na falta de um encontro real consigo mesmo.

Não é fácil. Olhar pra dentro pode ser desconfortável, ainda mais num mundo que ensina a gente a se distrair o tempo todo. Mas é necessário. É nesse silêncio interno que você descobre que não está sozinho, porque tem a si mesmo. E, quando essa relação se fortalece, a solidão perde a força.

Então, se hoje você sente esse vazio, talvez seja a hora de se chamar pra um encontro. Um café sozinho, um passeio sem rumo, uma tarde sem internet pra escutar os próprios pensamentos. Pode parecer pouco, mas é um recomeço. Porque a solidão nem sempre é sobre a falta de outros. Às vezes, é sobre a falta de você mesmo. E você, ah... você sempre pode se reencontrar.