A saudade é o azar de quem teve muita sorte.
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- 24 de abr.
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Tem coisa mais agridoce que saudade? É tipo aquela música boa que acaba rápido, aquele abraço apertado que não volta mais, o cheiro que ainda mora na memória, mesmo depois que a pessoa já foi embora. Saudade é o preço salgado de ter vivido algo doce demais.
É o azar — sim, azar! — de quem teve a sorte grande. Porque só sente saudade quem viveu coisa boa, quem teve gente foda por perto, quem riu alto, quem amou sem medo, quem teve histórias que não cabem num álbum de fotos. Saudade é o que sobra quando o presente não consegue competir com o que já foi.
Tem gente que nunca teve o azar de sentir saudade, e pode até parecer bênção, mas no fundo é vazio. Quem não sente saudade talvez nunca tenha tido aquela amizade de alma, aquele amor que bagunça e ajeita tudo, aquela casa que virou lar só porque alguém tava nela.
E, olha, não tô dizendo que é gostoso sentir saudade, porque, na real, é um aperto chato no peito, uma falta que não se resolve com chamada de vídeo. Mas é bonito saber que a vida já foi tão boa a ponto de deixar esse buraco. É quase como ter uma cicatriz de um momento feliz. Dói, mas conta uma história linda.
A gente sente saudade de tudo que foi intenso, verdadeiro, marcante. A saudade é uma prova de que a vida foi generosa com a gente. E mesmo quando a sorte vai embora, o azar de sentir falta é, paradoxalmente, um lembrete de que já fomos muito felizes.
Então, da próxima vez que a saudade bater, lembra: não é só dor. É sinal de que você teve algo grande. É o azar de quem viveu o tipo de coisa que nem todo mundo tem a sorte de viver. E quer saber? Que sorte a sua. Que sorte a nossa.





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