A felicidade só desfila no Carnaval?
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- 5 de mar.
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O ano começa duas vezes no Brasil: no primeiro de janeiro e depois do Carnaval. Pelo menos, é isso que a gente sempre ouve. Mas e se a gente parar pra pensar um pouco além dos bloquinhos, das fantasias improvisadas e do confete espalhado pela casa? Será que a felicidade que a gente sente no Carnaval é só um delírio coletivo ou será que dá pra estender esse glow o ano todo?

Carnaval é o ápice da liberdade. Todo mundo se joga, se permite, dança até o chão sem medo do julgamento. O brilho no olhar de quem esquece dos boletos por alguns dias é quase um patrimônio cultural. Mas por que a gente precisa de um evento específico pra ser feliz sem culpa? Por que a vida cotidiana não pode ter mais frevo no meio da planilha, mais purpurina na segunda-feira?
O problema é que a gente foi ensinado a colocar a felicidade no final da linha. É aquela velha história de "trabalha agora, aproveita depois". Mas o Carnaval chega e mostra que dá pra inverter essa lógica, que dá pra ser feliz no meio do caos, que a gente pode (e deve) encontrar motivos pra rir e celebrar mesmo quando a rotina tenta engolir a gente.
E se a felicidade do Carnaval não for uma exceção, mas um lembrete? Se a fantasia de glitter for só um jeito exagerado de mostrar que a gente pode ser quem quiser, sempre? Se a gente se autorizasse a viver com a mesma intensidade, com a mesma disposição pra cantar alto no meio da rua, com a mesma vontade de abraçar o desconhecido e fazer amizade no banheiro do rolê?
O ponto é: a felicidade não precisa ser passageira, como serpentina ao vento. Ela pode ser costurada no dia a dia, nos pequenos momentos, nas conversas despretensiosas, no café bem tirado, na música alta no carro. Carnaval é uma prova de que a alegria genuína existe e o desafio é não deixá-la trancada no baú até o próximo fevereiro.
Então, se o Carnaval é quando a felicidade desfila, que tal abrir alas pra ela o ano inteiro?




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