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A beleza está perdendo o medo do corpo

  • Foto do escritor: Home e  Marketing
    Home e Marketing
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Por muito tempo, falar sobre suor, acne corporal, odor íntimo ou hemorroidas era quase um pecado social. A beleza se limitava ao que era “apresentável”, o resto, a gente escondia. Mas essa fase está mudando.


Com a ascensão da autenticidade nas redes e o fim da estética ultraperfeita, assuntos antes invisíveis estão ganhando voz. Marcas, criadores e consumidores estão abrindo espaço para conversas reais sobre o corpo, inteiro, com suas texturas, cheiros, manchas e vulnerabilidades.


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Quando o tabu vira autocuidado


O mercado de beleza entendeu que o cuidado não é só rosto e cabelo: inclui o que sempre foi varrido pra debaixo do tapete. Produtos para acne nas costas, sabonetes íntimos, desodorantes veganos, cremes para assaduras e até cosméticos para o bumbum viraram parte de um ritual de bem estar completo.



O Boticário, por exemplo, lançou a linha Cuide-se Bem Cereja Livre com sabonetes íntimos e sprays refrescantes. Já a Intimus aposta em campanhas educativas que falam sobre dignidade menstrual e sexualidade real. E não é só sobre vender, é sobre tirar a vergonha do que é natural.


A autoestima agradece


Mostrar peles com acne, axilas com pelos e corpos diversos muda o jogo. Quando você se vê representado, o espelho pesa menos. O impacto é real: estudos ligam o estigma sobre a aparência a baixa autoestima e sintomas de depressão. Falar sobre o corpo com naturalidade é, de certa forma, uma forma de cura coletiva.


Beleza real, dilemas reais


Claro, nem tudo é flores. Existe uma linha tênue entre normalizar e explorar. Quando o marketing promete “clarear tudo”, “secar tudo” e “alisar tudo”, a autenticidade se perde. E, às vezes, campanhas que se dizem “reais” ainda filtram imperfeições, reforçando o mesmo padrão que fingem quebrar.


O que fica


No fim, essa abertura é um respiro. Falar do que era tabu é devolver humanidade ao corpo, lembrar que ele não é um projeto de perfeição, mas uma casa viva.


Para as marcas, é oportunidade de criar com propósito. Para os consumidores, é liberdade de existir como se é: inteiro, com tudo que antes se escondia.


A beleza, afinal, está finalmente deixando de ser uma performance pra ser um diálogo.

 
 
 

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